terça-feira, 22 de outubro de 2013

Lojas de carros antigos têm marcas variadas, financiamento e até bar

22/10/2013 06h36- Atualizado em 22/10/2013 06h39  Fonte: G1.com.br

Lojas de carros antigos têm marcas variadas, financiamento e até bar

Oferta vai de Fusca a Rolls-Royce, passando por Porsche e Fiat 500.
Unidades em São Paulo se assemelham a concessionárias convencionais

Rodrigo MoraDo G1, em São Paulo

Lojas antigos (Foto: Flavio Moraes / G1)
Loja de carros clássicos em Moema tem de Rolls-Royce a Fusca (Foto: Flavio Moraes / G1)
Há cerca de quatro meses, São Paulo ganhou mais uma loja de carros. Seria apenas mais um showroom entre milhares que embaralham o panorama caótico da cidade e que passam despercebidos não fossem seus integrantes. Há de tudo: Porsche, Mercedes-Benz, Rolls-Royce, Ford, Fiat, Mini. Só que o 911 Targa lá não é 0 km, e sim uma unidade 1974; o Cinquecento azul só compartilha o nome com o atual, já que fora produzido em 1968; e é impossível comprar uma Pagoda em alguma concessionária da Mercedes atualmente, dado o fim da produção do roadster em 1971.
A Universo Marx Mille Duke, no bairro de Moema, engrossa uma lista que tende a acompanhar o atual momento de ascensão do chamado antigomobilismo. Até então redutos de aficionados e muitas vezes confundidas com meras oficinas, as lojas de automóveis antigos atualmente se aproximam do conceito das concessionárias convencionais – seja no visual mais sofisticado, no atendimento ou nos serviços oferecidos.
Num espaço de pouco mais de 200 m², a loja acomoda aproximadamente 15 carros e 10 motos – volumes que podem variar conforme o tamanho dos hóspedes –, além de um estoque que pode ir de 30 a 70 unidades. No site, que responde por 50% das cerca de 10 vendas mensais, mais 100 unidades aproximadamente são ofertadas.
Mini Cooper e Mustang dividem o mesmo espaço (Foto: Flavio Moraes / G1)Mini e Mustang dividem espaço (Flavio Moraes / G1)
Um dos sócios da empresa, Maurício Marx cita o pós-venda como um dos diferenciais da loja. “Não está nos planos fazer manutenção pela demanda, que é reduzida. A mão de obra é muito específica, e não dá para montar uma estrutura para cada marca ou modelo. Ou seja, um mecânico de alto padrão para modelos da Porsche, outro para os Bentley, outro para Aston Martin e assim por diante, é muito caro e quase impossível de manter”, explica. “Mas temos o tapeceiro, o funileiro ou o eletricista certos para cada tipo de serviço e tamanho do bolso”, garante Marx. A loja também não financia, mas está em busca de parceiros para compras parceladas.
O comerciante ainda destaca que o perfil da loja, “onde se encontram amigos, sem a pressão da venda”, permite uma proximidade com os clientes, e assim uma “consultoria” sobre como viver a experiência de ter um clássico na garagem.
De Fusca a Rolls-Royce
No ramo desde 1999, Marx entende que não há mais tantas diferenças entre as lojas brasileiras e as norte-americanas e europeias. “A qualidade dos carros se equipara. Mas há carros mais raros lá fora, além da quantidade, que é muito maior”, explica. O tipo de consumidor também é similar: “recebemos todos os perfis aqui. Desde o colecionador, passando pelo investidor, até o comprador sem muitos recursos, que está adquirindo seu primeiro clássico e entrando agora para o antigomobilismo”, analisa. Tão amplo quanto o perfil do comprador é sua faixa etária, que segundo o proprietário varia de 30 a 70 anos.
O mesmo tipo de público recebe a San Diego Motors. “Nosso cliente é o profissional bem-sucedido, acima de 25 anos, sendo os homens de 40 a 50 anos os que mais compram”, avalia o proprietário Murillo Cerchiari.
Peças são destaque na San Diego (Foto: Flavio Moraes / G1) San Diego também traz peças (Flavio Moraes / G1)
Na visão de ambos, um dos principais entraves para a compra de um automóvel clássico é o medo de colocar o carro para usar. “Temos que acabar com a visão de que carro antigo quebra. Carro antigo quebra se não andar. Tenho cliente que comprou um Fusca tendo um Land Rover blindado, e o carro do rodízio acabou virando o Land Rover, e não o Fusca. Se antigamente esses carros eram os novos e confiáveis, por que não hoje, que existem peças de reposição e que podem melhor o consumo e reduzir o desgaste?”, questiona Marx.
Outro “problema” para quem pensa num carro antigo – geralmente um supérfluo – pode ser o ciúme da esposa, diz o comerciante. “Ele é um competidor, já que em alguns casos a entrega do homem é maior pelo carro do que pela mulher. A regra básica é: comprou um carro aqui tem que ir direto para primeira joalheria comprar um presente para ela”, brinca Marx.
O mesmo obstáculo enfrenta Cerchiari com seus clientes: “Muitas vezes o cara namora o carro por muito tempo, mas acaba desistindo por medo da mulher. Ou, quando vai em frente e realiza o sonho, mente em relação ao valor, alegando um preço bem inferior ao que realmente desembolsou”, conta.
180% de imposto
Além do medo de quebrar e de um potencial divórcio, outro receio de quem coleciona (ou pretende começar uma coleção de) automóveis clássicos são os impostos, que podem chegar a 180% sobre o valor do veículo, lamenta Cerchiari. “O programa Inovar Auto (conjunto de regras do governo para montadoras e importadoras) interferiu também sobre os antigos. Como o IPI (Imposto sobre produtos industrializados) é calculado baseado na cilindrada do motor, os impostos podem chegar a quase o triplo do preço do carro, já que a maioria esmagadora dos antigos é de alta cilindrada. Some ao preço final mais US$ 11 mil de frete e documentação”, explica.
Lojas antigos (Foto: Flavio Moraes / G1)Pagoda ou 911? (Foto: Flavio Moraes / G1)
No segundo ano de vida – e com 150 veículos importados no currículo, entre eles um Chevrolet Corvette Pace Car de 1978 com apenas 650 km rodados –, a San Diego, na Vila Leopoldina, aposta numa abordagem diferenciada. Clássicos nacionais e importados dividem espaço com um bar e um bom acervo de peças e mobília antiga.
Em 10 prestações
Assim como o proprietário da Universo Marx, Mille Duke, Cerchiari enxerga o antigomobilismo como um dos melhores investimentos atualmente. Prova disso é o Dodge Charger R/T 1977 das fotos. "Se me oferecessem esse carro há cinco ou seis anos por R$ 5 mil, eu acharia muito caro e não compraria. Hoje eu vendo esse por R$ 85 mil. E, se tivesse dez dele, venderia os dez", explica. O valor é alto, mas entre os serviços oferecidos pela San Diego está o financiamento em até 10 vezes – troca, importação e consignação são outros benefícios.
Outra semelhança entre as duas lojas é a oferta de produtos, sempre focada em carros com 30 anos ou mais – a procura por futuros clássicos, como VW Gol GTI e Ford Escort XR3 é reconhecia por ambas, mas a comercialização desses modelos fica restrita ao site.
Além dessas, há pelo menos mais 3 endereços em São Paulo com proposta parecida. Enquanto Cerchiari vê a abertura de novas lojas como uma tendência, Marx avalia que a internet ajudou muito as pessoas a encontrar o que procuram e a mostrar o que têm. "Ainda tem muita coisa guardada e muita coisa escondida. O comércio de carros antigos nunca vai acabar", acredita.
Lojas antigos (Foto: Flavio Moraes / G1)Memorabília também tem destaque na San Diego (Foto: Flavio Moraes / G1)

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

VIII ENCONTRO DE CARROS ANTIGOS DE SOBRAL - 4 e 5/10/2013



ESTAMOS ESPERANDO POR VOCÊ!!!!



ENCONTRO DE VEÍCULOS ANTIGOS DE SOBRAL - 04 e 05/10/2013

VENHA PARTICIPAR NESTE FIM DE SEMANA DO ENCONTRO DE VEÍCULOS ANTIGOS DE SOBRAL


 DIAS 04 E 05 DE OUTUBRO(SEXTA E SÁBADO) DE 2013.

 VENHA COM SUA FAMILIA FOTOGRAFAR E CONHECER OS MAIS DIVERSOS MODELOS QUE FIZERAM E FAZEM A HISTORIA AUTOMOBILISTICA MUNDIAL.

 SERA NA BOULEVAR DO ARCO, NO CENTRO DE SOBRAL
ESPERAMOS VOCÊ LÁ!!!!